Em 1891, quando foi publicado em sua versão final, O retrato de Dorian Gray foi recebido com escândalo, e provocou um intenso debate sobre o papel da arte em relação à moralidade. Alguns anos mais tarde, o livro foi inclusive usado contra o próprio autor em processos judiciais, como evidência de que ele possuía “uma certa tendência” - no caso, a homossexualidade, motivo pelo qual acabou condenado a dois anos de prisão por atentado ao pudor. Mais de cem anos depois, porém, o único romance de Oscar Wilde continua sendo lido e debatido no mundo inteiro, e por questões que vão muito além do moralismo do fim do período vitoriano na Inglaterra, definida por um dos personagens do livro como “a terra natal da hipocrisia”. Seu tema central - um personagem que leva uma vida dupla, mantendo uma aparência de virtude enquanto se entrega ao hedonismo mais extremado - tem …
Em 1891, quando foi publicado em sua versão final, O retrato de Dorian Gray foi recebido com escândalo, e provocou um intenso debate sobre o papel da arte em relação à moralidade. Alguns anos mais tarde, o livro foi inclusive usado contra o próprio autor em processos judiciais, como evidência de que ele possuía “uma certa tendência” - no caso, a homossexualidade, motivo pelo qual acabou condenado a dois anos de prisão por atentado ao pudor. Mais de cem anos depois, porém, o único romance de Oscar Wilde continua sendo lido e debatido no mundo inteiro, e por questões que vão muito além do moralismo do fim do período vitoriano na Inglaterra, definida por um dos personagens do livro como “a terra natal da hipocrisia”. Seu tema central - um personagem que leva uma vida dupla, mantendo uma aparência de virtude enquanto se entrega ao hedonismo mais extremado - tem apelo atemporal e universal, e sua trama se vale de alguns dos traços que notabilizaram a melhor literatura de sua época, como a presença de elementos fantásticos e de grandes reflexões filosóficas, além do senso de humor sagaz e do sarcasmo implacável característicos de Wilde.
The moral of this story is that if you have a friend who says deplorable things then you should shun them before they corrupt you or your other friends.
A very gay story of a very impressionable and stupid man.
The prose was very purple and also masterbatory at times, making me go cross-eyed trying to slog through those parts. There are racist descriptions, but luckily (hah) Oscar Wilde only discussed non‐white goy except in passing.
The book ends rather abruptly and unsatisfactorily.
Välillä täytyy lukea klassikkoja. Kuten kaikki tietävät, Oscar Wilde on eittämättä yksi kirjallisuushistorian suuria sanan säilän mestareita. Tämäkin teos sisältää kuolemattomia onelinereita lähes joka sivulla. Jaana Kapari-Jatan suomennos välittää tässä hyvin Wilden kielen sujuvuuden.
Tarinana sen sijaan koin teoksen lähinnä luotaan työntävänä. Yläluokkaisten kusipäiden tunnontuskailut ja tekosyvälliset filosofoinnit lähinnä ärsyttivät. Tarina on olevinaan moraliteetti, mutta se ei oikein vakuuta, kun suoranaiset henkirikoksetkin näyttäytyvät lähinnä abstrakteina esteettis-moraalisina ongelmina. Luokkanäkökulma loistaa kokonaan poissaolollaan; alempaan yhteiskuntaluokkaan kuuluvien ihmisten kohtelua roskaväkenä ei juurikaan problematisoida. Hedonistisia filosofisia näkemyksiään sivukaupalla lateleva Lordi Henry on yksi vastenmielisimmistä hahmoista, joihin olen kaunokirjallisuudessa törmännyt, enkä ole aivan varma, oliko tämä Wilden tarkoituskin. Sinänsä uskon, että kirja kuvaa viktoriaanisen Englannin yläluokan arvomaailmaa jokseenkin realistisesti, mutta olisin tarvinnut kriittisempää suhtautumista siihen, että kirja olisi alkanut innostaa.
Oscar Wilde would not appreciate me trying to place unintended meaning atop this classic work of fiction so I'll just say that it's a beautiful representation of Wilde as an artist - sumptuous prose with cutting wit, disarming passages that wax poetic buttressed against satire, social commentary and (forgive me, Oscar) a little cynicism. A delight.